sábado, 25 de fevereiro de 2012

Tenossinovite Estenosante de De Quervain


A Tenossinovite Estenosante de De Quervain foi descoberta em 1895, por um cirurgião suíço chamado Fritz de Quervain, também sendo conhecida como “torcedura das lavadoras”.

Fisiopatologia

A doença de De Quervain é a constrição dolorosa da bainha comum dos tendões dos músculos abdutor longo e extensor curto do polegar, no primeiro compartimento dorsal, a contrição se deve a um processo inflamatório pelo atrito ou movimentos repetitivos dos mesmos, que excedem a capacidade dos tendões de deslizar dentro da bainha comum.

Incidência

            A doença tem maior incidência entre as mulheres na faixa etária dos 30 a 50 anos, na qual as mulheres são acometidas numa razão de 8/1 em relação aos homens. Embora pessoas de qualquer idade e sexo podem vir a apresentar tal doença.

Sinais e Sintomas

Caracterizada pela dor em projeção do processo estilóide do rádio com ou sem irradiação que inicia em projeção para o antebraço, podendo chegar até o ombro. A dor piora com movimentos como os de pinça envolvendo o polegar, assim como com a abdução do mesmo dedo e com desvio ulnar do punho. No exame físico pode-se observar uma tumefação na região afetada, sinal de Finkelstain positivo, dor a palpação no processo estilóide e trajeto dos tendões.

Diagnóstico Clínico

            É importante que se obtenham radiografias do punho, para que seja descartada a possibilidade de qualquer patologia óssea. Além disso, uma calcificação associada à tendinite pode ser observada.
 Outros exames complementares que podem ser usados para diagnosticar a doença são: ressonância nuclear magnética e ultra-sonografia.

Complicações

As complicações que a Tenossinovite Estenosante de De Quervain pode apresentar são: dor crônica, perda da força, perda do movimento do polegar e também, de forma rara, pode ocorrer a ruptura do tendão.

Tratamento

O tratamento é realizado com doses de antiinflamatórios, analgésicos com objetivo de controlar a dor, reduzir o êxtase vascular, evitar contratura e retração capsular, também são necessárias sessões de fisioterapia. O tratamento cirúrgico é indicado após pelo menos 6 meses de tratamento conservador sem melhoras.

Bibliografia

SATO, Emilia Inque (Coord.). Guia de reumatologia. Barueri: Manole, 2004

Ministério da Saúde. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços       de saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2001.

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