quinta-feira, 15 de março de 2012


Caso clínico – Síndrome de Burn-out (Síndrome do Esgotamento Profissional)


I. J.P.R, 43 anos, sexo masculino, natural de Chapecó (SC), procedente Tubarão (SC), ensino superior completo, casado, agente penitenciário.

QC: Há 5 anos vem apresentando desgaste  emocional associado a anedonia, afastamento dos colegas e sentimento de diminuição de competência e de sucesso no trabalho, devido a insatisfação, o que não apresentava anteriormente. A piora foi progressiva onde intensificaram os sintomas nos últimos 6 meses o qual relatou insônia, irritabilidade, apatia e inquietação,  iniciando o uso de álcool e maconha, na obtenção de alívio de seus sintomas. Relata que quando está na presença de seus familiares esses sintomas amenizam.

DG: mesmo que os sintomas sejam sugestivos de um quadro depressivo deve –se ater as queixas do paciente como a exaustão emocional, despersonalização, diminuição do envolvimento pessoal no trabalho e da competência. E todos esses sintomas acarretam no ritmo de trabalho penoso, perda de controle ou autonomia, ausência de suporte social e dificuldades de conseguir progredir no emprego.

TTM: está na associação de psicoterapia, tratamento farmacológico e
intervenções psicossociais de acordo com a gravidade das queixas.
A psicoterapia: refere-se a um processo de desinvestimento afetivo no trabalho que antes era objeto de todo ou grande parte desse investimento. O paciente encontra-se fragilizado e necessitando de suporte emocional.
Tratamentofarmacológico: os antidepressivos e/ou ansiolíticos está indicada de acordo com a presença e gravidade de sintomas depressivos e ansiosos. Normalmente usa-se benzodiazepínicos para controle de sintomas ansiosos e da insônia, no início do tratamento, pois o efeito terapêutico dos antidepressivos tem início, em média, após duas semanas de uso.
Intervenções psicossociais: cabe ao médico avaliar a indicação de afastamento do trabalho para o tratamento.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO: deve ocorrer mudanças naorganização do trabalho, restrições à exploração do desempenho individual, diminuição da intensidade de trabalho, diminuição da competitividade e a busca de metas coletivas que incluam o bem-estar de cada um.


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