domingo, 11 de março de 2012

Epicondilite Medial

Epicondilite Medial

EM é semelhante á EL, embora muito menos comum (7 vezes menos comum) e de tratamento mais difícil.

Etiologia
Geralmente, há o envolvimento da origem do flexor radial do carpo e do pronador redondo (massa flexo-pronadora). Menos freqüentemente há o acometimento do flexor superficial dos dedos e do flexor ulnar do carpo.
Existe três camadas junto ao epicôndilo medial. O pronador redondo, FRC, palmar longo e FUC formam a camada superficial. A camada média consiste de fibras profundas dos flexores dos dedos. A camada profunda compreende o ligamento colateral ulnar e a cápsula articular.
A patologia do tendão é degenerativa com tendinose angiofibroblástica.
Existe uma associação comum entre a EM e sintomas de compressão do nervo ulnar em até 60%.
Freqüentemente a EM ocorre em atletas que fazem movimentos acima da cabeça e movimentos que geram uma força em valgo no cotovelo.

Anamnese e Exame Físico
É marcada por dor sobre o epicôndilo medial com irradiação para massa flexo-pronadora. A dor é exacerbada com manobras de flexão do punho e pronacão do antebraço resistidas. O ponto doloroso encontra-se 5mm anterior e distal ao ponto médio do epicôndilo medial. O inicio geralmente é insidioso, e diferente da EL, pode ocorrer deficiência da mobilidade nos casos mais crônicos, marcada pela contratura em flexão.
Para avaliar a EM o cotovelo é fletido, o antebraço é mantido em supinação e o punho em extensão. Em seguida, o cotovelo será estendido vagarosamente e se o paciente apresentar dor no epicôndilo medial será sugestivo de EM ou, ainda, por meio da flexão do punho contra resistência.

Tratamento
Medicamento antiinflamatório, uso de tala e uma ocasional inje¡ção de corticóide proporcionam alivio continuo na maioria dos pacientes. Se o tratamento conservador não for bem-sucedido, terão sucesso a excisão da origem do tendão doente e sua reinserção.
Vangsness e Jobe descreveram a liberação da origem do flexo-pronador, excisão do tecido patológico e reinserção ao osso cruentizado.
Nirschl prefere a excisão do tecido patológico por um procedimento que deixa o tecido normal intacto, reparando o defeito subseqüente.
Pode ser feito a transposição do ulnar nos pacientes sintomáticos. Também pode ser feita uma epicondilectomia, mas não mais que 20% do ligamento colateral ulnar.
Em geral, os resultados não são tão bem-sucedidos como nos procedimentos realizados para EL.

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