Epicondilite Medial
EM é semelhante á EL, embora muito menos comum (7 vezes menos comum) e de tratamento mais difícil.
Etiologia
Geralmente, há o envolvimento
da origem do flexor radial do carpo e do pronador redondo (massa
flexo-pronadora). Menos freqüentemente há o acometimento do flexor
superficial dos dedos e do flexor ulnar do carpo.
Existe três camadas junto ao epicôndilo medial. O pronador redondo,
FRC, palmar longo e FUC formam a camada superficial. A camada média
consiste de fibras profundas dos flexores dos dedos. A camada profunda
compreende o ligamento colateral ulnar e a cápsula articular.
A patologia do tendão é degenerativa com tendinose angiofibroblástica.
Existe uma associação comum entre a EM e sintomas de compressão do nervo ulnar em até 60%.
Freqüentemente a EM ocorre em atletas que fazem movimentos acima da
cabeça e movimentos que geram uma força em valgo no cotovelo.
Anamnese e Exame Físico
É marcada por dor sobre o
epicôndilo medial com irradiação para massa flexo-pronadora. A dor é
exacerbada com manobras de flexão do punho e pronacão do antebraço
resistidas. O ponto doloroso encontra-se 5mm anterior e distal ao ponto
médio do epicôndilo medial. O inicio geralmente é insidioso, e diferente
da EL, pode ocorrer deficiência da mobilidade nos casos mais crônicos,
marcada pela contratura em flexão.
Para avaliar a EM o cotovelo é fletido, o antebraço é mantido em
supinação e o punho em extensão. Em seguida, o cotovelo será estendido
vagarosamente e se o paciente apresentar dor no epicôndilo medial será
sugestivo de EM ou, ainda, por meio da flexão do punho contra
resistência.
Tratamento
Medicamento antiinflamatório,
uso de tala e uma ocasional inje¡ção de corticóide proporcionam alivio
continuo na maioria dos pacientes. Se o tratamento conservador não for
bem-sucedido, terão sucesso a excisão da origem do tendão doente e sua
reinserção.
Vangsness e Jobe descreveram a liberação da origem do
flexo-pronador, excisão do tecido patológico e reinserção ao osso
cruentizado.
Nirschl prefere a excisão do tecido patológico por um procedimento
que deixa o tecido normal intacto, reparando o defeito subseqüente.
Pode ser feito a transposição do ulnar nos pacientes sintomáticos.
Também pode ser feita uma epicondilectomia, mas não mais que 20% do
ligamento colateral ulnar.
Em geral, os resultados não são tão bem-sucedidos como nos procedimentos realizados para EL.
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